Projeto Multifuncional “Vila Madalena”
O projeto
“Vila Madalena” é uma proposta de criação de um complexo multifuncional a
partir da atual estação intermodal Vila Madalena, localizada entre as praças Américo
Jacomino e Bsa. Da Bocaina na extensa rua Heitor Penteado situada na Vila
Madalena (São Paulo).
A
proposta nasce das preocupações, pensamentos, reflexões e vontades absorvidas através
do espaço, colhidas por meio de noticiais, entrevistas com as pessoas que se
encontravam na região e com a leitura da região e o espaço em que a obra se
localizará. Após o levantamento e a observação das informações obtidas,
pensamentos em um projeto em que seu conceito central parte da vegetação que
expande para a cidade (ao contrario do cenário comum da cidade expandindo para
a vegetação), ideal inspirado na ligação lúdica da Vila Madalena com a
natureza, procurando espaços entre o cinza para colorir de verde, seja
reservando um lote inteiro para a criação de um bosque ao invés de uma
construção, até na vegetação que nasce das fachadas verticais de concreto na
arquitetura de Tacoa Arquitetos e se penduram nos movimentos da Oka.
Além
do grande parque que se eleva para abrigar a estação de ônibus e metro, como se
plantassem sementes nascem os dois edifícios, surgindo do solo harmonizando com
o parque como forma de (ao invés de sobrepor) criar a ligação dos edifícios com
a natureza.
Os
edifícios nascidos do solo transmitem o ideal de união, refletindo o aspecto do
modo de vida tradicional com o alternativo, presentes na Vila Madalena. A
partir desta leitura, os edifícios com um aspecto formal sóbrio, possuem
detalhes que entram em ruptura com o ideal convencional a fim de criar leveza e
movimento, sendo a síntese da união Tradicional x Alternativo. Nesta obra, os
blocos dos edifícios dançam sob um imenso parque unindo dentro deles a maior
parte da setorização: Comercial (1º ao 3º pavimento de ambos os blocos), em um
bloco o setor Residencial (demais pavimentos) e em outro bloco o setor de
Serviços (demais pavimentos). Em um momento desta dança, os dois blocos se
tocam, sendo ali o cerne da união, o coração e o ponto onde todos os setores
estão ligados e revelados. Com isso, “puxamos” a base dos edifícios para
mostrar ao entorno a vida que corre dentro da Arquitetura, revelando também a
raízes (representado pela caixilharia) que ligam os edifícios ao parque,
demonstrando sua concepção natural.
Para o partido arquitetônico dos
edifícios, optamos em um bloco possuir sua predominância em aço, demonstrando a
agitação e movimento do leve e plástico material representando a vida profissional
(Bloco onde se encontra o setor de Serviços). No outro bloco, optamos utilizar
predominantemente o concreto, um material mais pesado e de aspecto estático
comparado ao aço, representando a vida particular ao descansar e relaxar dentro
do seu lar.
Por fim, evitamos verticalizar
devido ao apego a horizontalidade e gabaritos baixos demonstrados pelos
moradores e frequentadores da região, dispondo apenas os pontos de maior
verticalização (os dois edifícios) aonde a região já possuía este aspecto.
Exceto os dois edifícios, o projeto se dispõem como um amplo parque com
abertura para a estação de ônibus respeitando a horizontalidade, tanto no nível
da rua dando continuidade ao contato visual proporcionado pela abertura da
estação, quanto o parque, elevando as pessoas na Vila Madalena dando a sensação
que o gabarito do entorno abaixasse.
Fotos da volumetria do projeto
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